Planta originária
na China, o cultivo da soja foi tão importante na China antiga a ponto de se
tornar a base da alimentação do seu povo.
Por milênios seu
uso se restringiu apenas a China, até que, no século da nossa era começou a se
espalhar por outras regiões da Ásia, tais como Índia, Ceilão, Cochinchina,
Malásia etc. Na Europa foi conhecida a partir de 1739, nos EUA em 1804 e no
Brasil chegou em 1882.
Os maiores
produtores mundiais são o Brasil, Estados Unidos e a China, respondem por mais
de 90% da produção.
No Brasil os
maiores produtores são os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e
Mato Grosso. A crescente demanda de proteínas para a alimentação animal e o
aumento da procura de óleos vegetais para a alimentação humana, bem como o
elevado índice de mecanização da cultura, contribuíram para o crescimento da
produção.
CLASSIFICAÇÂO BOTÂNICA
Planta dicotiledônea, herbácea, anual.
FAMILIA: Leguminósea
SUB-FAMILIA: Faboideae
GÊNERO: Glycine
ESPÈCIE: Glycine Max (L)
CLASSIFICAÇÂO MORFOLOGICA
Raízes
Sistema radicular
pivotante, com raiz principal bem desenvolvida. Se ramifica com grande
intensidade, originando raízes secundarias que crescem horizontalmente até atingir
40 – 75 cm de comprimento, posteriormente, se aprofundando no solo, atingindo
profundidade de até 1,80 m. podem ter também raízes terciarias e quarternárias.
Uma característica marcante é a formação de nódulos de bactérias fixadoras de
nitrogênio (N) atmosférico, os nódulos destacam-se facilmente das raízes e
apresentam coloração interna rósea e esverdeada.
Caule
Herbáceo a
sub-lenhoso, com porte variável, de 0,30 a 1,80 m. Apresenta pubescência de coloração
cinza, marrom, de grande importância para caracterização de cultivares.
Folhas
Apresenta três tipos
principais de folhas:
1 – Cotiledonares: (2 folhas): responsáveis
pela nutrição e fornecimento de
energia para o desenvolvimento inicial da
planta.
2 – Unifolioladas: (2 folhas): formato
oval, opostas, surgem no primeiro nó das
folhas cotiledonares.
3
– Trifolioladas: dispostas de forma
alternada, tanto na haste principal como nas ramificações.
Tanto as
folhas cotiledonares como as unifolioladas apresentam vida efêmera
(curta). Amarelecem e caem durante o início
do desenvolvimento vegetativo. As
trifolioladas, durante o processo de maturação, tornam-se amarelas e caem
quando as vagens estão completamente maduras.
Flores
São dispostas em
racemos (inflorescência indefinida) axilares e/ou terminais; os axilares
formam-se a partir de gemas floríferas localizadas em pontos de intersecção dos
ramos laterais, enquanto que o terminal ocorre na extremidade da haste
principal. O número de flores geralmente é superior ao número de vagens que
chegam a maturação. As flores são brancas e roxas.
A flor da soja é naturalmente autofecundada,
podendo ocorrer cruzamentos naturais geralmente favorecidos pela presença de
insetos, mas sua porcentagem dificilmente supera 1%. 0,5% fileiras adjacentes;
1% plantas cultivadas em contato íntimo.
Cada inflorescência apresenta, em média, de 8
a 16 flores.
Cleistogamia: fenômeno pelo qual a polinização
acontece antes da abertura da flor, implicando em autopolinização obrigatória.
Frutos
São vagens pubescentes, variáveis quanto ao tamanho (2 a 7
cm de comprimento) e a coloração (cinza, marrom, amarelo-palha e preto). O numero de vagens por inflorescência é
variável de 2 a 20. Encerram 1 a 5 sementes, mas predominam, nos cultivares
atuais, 2 a 3 sementes por vagens.
Sementes
Possuem forma ovalada, achatada ou globosa e
superfície lisa de coloração amarela, marrom, verde ou preta. Apresentam hilo não saliente, com 3 – 4 mm de
comprimento, cuja coloração marrom, marrom claro, preto e preto imperfeito
servem para identificação.
DESENVOLVIMENTO
DA PLANTA
Semeadura Emergência 05 – 7 Dias
Emergência Inicio do Florescimento 40
– 70 Dias
Inicio do Florescimento Final do Florescimento 30 – 40 Dias
Início do Florescimento Início da Frutificação 10 – 15 Dias
Início da
Frutificação Maturação 40 – 70 Dias
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